quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A nossa dança.

Coloco uma música bonita para tocar. Olho a caneta, o papel amarelo em branco e vejo sua fotografia. Fico em silêncio. Observo a letra da música se misturar com as lembranças que ficou de você. Queria ter coragem de preencher essa folha em branco com todo o sentimento que guardo do meu coração. Preencher com toda saudade descompassada. Com todo amor desajeitado. Com todas as gotas de chuvas dos meus olhos e as flores coloridas dos meus lábios que se formam ao lembrar de você. 
E quem diria amor, que um dia o nossa música seria triste? Dançávamos como adolescentes sem hora para voltar pra casa. Dançávamos como se tivéssemos flutuando. Dançávamos levemente. E quem diria amor, que um dia essa dança teria fim? 
Eu errei o passo. Você errou a letra. Tropeçamos no vestido da vida. Com lágrimas nos olhos, mascaramos nossas almas e despejamos doses de veneno no nosso amor. Seguimos a estrada sem segurar as mãos. Paramos em um bar da esquina, nos embebedamos do amargo do fim.
Mas eu sei e você sabe, que nosso amor não é pequeno. Eu sei e você sabe, que está escrito em algum lugar que terminaremos essa vida juntos. Eu sei e você sabe, que essa distancia provocou furações.  Afinal, já dizia Tom Jobim amor,  "não há você sem mim e eu não existo sem você.

"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe

Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você"
(Tom Jobim - Eu não existo sem você)






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